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Pelourinho: Conheça o Ponto Histórico de Salvador!
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Pelourinho: Conheça o ponto histórico de Salvador

Um bairro colorido, de cultura abundante e arquitetura histórica. Assim é definido o bairro no Centro Histórico de Salvador, na Bahia: Pelourinho

Reconhecido como Patrimônio Histórico da Humanidade, o Pelourinho já foi palco de punição: a origem de seu nome vem de um instrumento de tortura contra escravos.

Hoje, o Largo do Pelourinho é famoso pela arte baiana, música, cultura e arquiteturas datadas do século 17 e 18.

São casarões antigos, coloridos, que dividem espaço com igrejas, como a Catedral Basílica de Salvador e a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.

Atualmente, muitos desses casarões funcionam como museus, restaurantes e centros culturais, tudo sem perder o charme e a beleza que Pelourinho de Salvador carrega.

Se você pretende viajar para a capital da Bahia e não conhece o bairro onde artistas internacionais se apresentaram, como Michael Jackson, este artigo é para você.

Continue a leitura e saiba mais sobre Pelourinho e sua história por trás da arquitetura e riqueza cultural. Acompanhe!

Pelourinho, de instrumento de tortura em praça pública a Patrimônio da Humanidade

Quem ouve falar de Pelourinho, nem imagina que o bairro já foi cenário de punição a pessoas escravizadas no período em que Salvador era capital do Brasil (1549 a 1763).

À época, a mão de obra escrava era muito comum e, por isso, muitos deles tentavam fugir.

Assim, a forma que os escravocratas portugueses encontraram para punir esses escravos, que fugiam ou cometiam algum delito, era empregar sua própria justiça e impor, assim, sua autoridade.

Foi dessa forma que nasceram os temidos pelourinhos, que eram, na verdade, colunas (ou poste) de pedra com argolas fixadas, onde os escravizados eram amarrados nas argolas e torturados em praças públicas.

Os tais pelourinhos foram erguidos em várias cidades do Brasil, em especial, nos seguintes locais de Salvador: Praça Tomé de Souza (antiga praça municipal), Terreiro de Jesus e Praça Castro Alves.

Durante muito tempo, Pelô – como também é chamado o Pelourinho – foi constituído de um centro administrativo de Salvador, centro comercial e casarões de luxo. 

Portanto, Pelourinho era uma área nobre de Salvador e a mais importante do Brasil. Isso, até 1763, quando houve a mudança do governo para o Rio de Janeiro.

Mais de um século depois, a região se tornou marginalizada devido às mudanças das atividades econômicas para outros bairros. Depois, nos anos 80, virou palco do centro cultural e comunitário da cultura negra.

Até que, nos anos 90, o Largo do Pelourinho foi revitalizado para se transformar em um centro histórico cultural ao ar livre e ganhar o status de maior cartão-postal de Salvador.

Hoje, o bairro ganhou museus, restaurantes, centros culturais, lojas e teatros, oferecendo cores no lugar onde era cenário de punição.

Centro Histórico de Salvador: as principais atrações do Pelourinho

A essência que representa Salvador e a Bahia está no Pelourinho. É um grande espaço aberto de cultura e manifestações públicas de arte e música.

Qualquer destino que você visita que tenha contexto histórico, já vale muito a experiência. E no caso do Pelô, visitar os casarões antigos, curtir grupos de capoeira ou de samba, ouvir música afro brasileira ao vivo, e até subir as ladeiras de paralelepípedo, já vale bastante a visita a esse bairro de Salvador.

Veja algumas dicas de pontos turísticos do Largo do Pelourinho para incluir em seu roteiro de viagem.

Fundação Casa de Jorge Amado

Fundação Casa de Jorge Amado
Crédito: Dario Nardacci (Flickr)

Quando for ao centro histórico da capital da Bahia, não deixe de visitar o famoso prédio azul, onde fica a Fundação Casa de Jorge Amado.

O célebre escritor de “Gabriela Cravo e Canela”, “Capitães da Areia” e Tieta do Agreste tem seu acervo preservado ali, onde também funciona como museu.

São documentos, fotos, objetos, cursos, palestras e exposições sobre a cultura da Bahia, o legado da literatura baiana de Jorge Amado e também de sua esposa, Zélia Gattai.

É um dos maiores pontos turísticos do centro histórico da capital baiana e perfeito não só para quem ama a literatura como para os curiosos de plantão.

Ali também acontecem ensaios de bandas, como Olodum, apesar de que nem sempre isso ocorre. Quem sabe, você consiga apreciar algum ensaio aberto por lá.

Largo do Terreiro de Jesus e a Igreja e Convento de São Francisco

O Largo do Terreiro de Jesus abriga as mais importantes igrejas da cidade, como a Catedral Basílica, Ordem Terceira de São Domingos de Gusmão e São Pedro dos Clérigos.

No entanto, quem chama a atenção é a Igreja e Convento de São Francisco. Construída entre os séculos 17 e 18, a igreja é dedicada a São Francisco de Assis e decorada com bastante ouro.

A arquitetura barroca já impressiona logo na entrada, e no interior da capela nem se fala. Estima-se que 1 tonelada de ouro foi usada para adornar a capela de São Francisco, e os detalhes são incríveis. Mesmo que você não seja católico, entrar em uma igreja tão antiga e cheia de história é uma experiência muito especial.

Ainda mais que ela é considerada uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa do Mundo, justamente por ser uma belíssima obra de arte sacra. 

Nas ruas, entre o Pelourinho e o Largo Pedro Arcanjo, você pode comprar lembrancinhas e artesanatos em diversas lojinhas locais. A dica é pechinchar, caso não haja uma plaquinha indicando preço.

Igreja do Rosário dos Pretos

Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
Crédito: Heinz Giesbrecht

A Igreja N. S. do Rosário Homens Pretos, ou, apenas, Igreja do Rosário dos Pretos não tem esse nome à toa. Diferente de outros monumentos históricos, que foram erguidos graças aos portugueses, a Igreja do Rosário dos Pretos foi construída pelo povo negro de Pelourinho.

Na época, muitos escravos alforriados eram devotos da Nossa Senhora do Rosário e resolveram, então, iniciar uma associação religiosa de ajuda, também chamada de irmandade.

A construção da igreja para a padroeira levou tempo, desde que o arcebispo autorizou que  a igreja fosse erguida. O povo devoto, outrora escravo, conseguiu juntar dinheiro e construir o que hoje é a Igreja do Rosário dos Pretos.

Missa Terça da Benção

Todas as terças-feiras acontece a tradicional missa Terça da Benção na Igreja do Rosário dos Pretos. Misturando as tradições da religião católica e da religião de matriz africana, a missa é bem diferente do que muitos conhecem. É a missa que mais parece festa!

Tem tambores, dança, batuques, e até coreografias de afoxé. Um espaço bastante especial para quem deseja pedir benção, proteção, e participar dos cânticos animados.

Caso você tenha interesse em dar uma passadinha por lá, a dica é chegar cedo, pois o local costuma lotar. Tem gente que fica até do lado de fora, o que prova o sucesso da missa diferenciada.

Igreja do Passo, o ponto turístico que ganhou destaque em Cannes

Igreja do Passo
Crédito: Maurício Almeida (Flickr)

Outro local público que merece sua visita e que todo soteropolitano conhece é a Igreja do Passo. 

Oficialmente conhecida como Igreja do Santíssimo Sacramento da Rua do Passo, ela possui uma escadaria bem difícil, que ficou famosa no filme “O Pagador de Promessas.

Inclusive, esse filme ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, o que tornou ainda mais famosa essa escadaria.

Apesar de que no filme, a Igreja do Passo é chamada de Igreja Santa Bárbara, mas as gravações ocorreram mesmo ali, na Rua do Passo. Se você ama visitar áreas que já foram palco de gravações e fizeram história, vale a pena conferir as igrejas de Pelourinho.

Centro Cultural Solar Ferrão

Um dos centros culturais que merecem visita é o Solar Ferrão, considerado a casa de Pelourinho. O local, construído no final do século 17 e tombado como Patrimônio Histórico da Humanidade, se dedica à cultura brasileira.

Então o visitante vai encontrar um grande acervo de arte popular, peças africanas, coleções de Walter Smetak e de Emília Biancardi.

De quebra, ainda tem acesso às obras de arte sacra do Museu Abelardo Rodrigues. São parte de um roteiro de quem ama conhecer a história e a cultura de um povo.

Monumento à Cruz Caída, na antiga Igreja da Sé

Monumento à Cruz Caída
Crédito: Mariano Colombotto (Flickr)

Há uma cruz imensa inaugurada nos 450 anos de Salvador (1999), cuja obra artística é do baiano Mário Cravo. Ali, havia a Igreja da Sé, a primeira igreja do Brasil, erguida em 1553, mas demolida séculos depois, em 1933, substituída por trilhos do bonde.

Nesse local, então, foi feito o Monumento à Cruz Caída, no bairro da Sé, ao lado do Elevador Lacerda. Era uma forma de criticar a demolição da primeira igreja brasileira, por isso, foi erguido no mesmo local.

Aproveite para admirar a vista da Baía de Todos os Santos e também o Monumento às Baianas. É ideal para tirar boas fotos.

Elevador Lacerda na Praça Tomé de Souza

Elevador Lacerda
Créditos: Rui Flavio Alves Barreto (Flickr)

O famoso Elevador Lacerda te dá uma vista privilegiada da Baía de Todos os Santos e até da Ilha de Itaparica.

Construído há mais de 150 anos, o local não tem vista panorâmica, afinal, é um elevador histórico. Inclusive, naquela época, só o fato de ser o maior elevador do mundo, já o colocava como um grande feito tecnológico.

Pois bem, o Elevador está situado na Praça Tomé de Souza, onde também abriga a Prefeitura, o Palácio Rio Branco, e a Câmara dos Vereadores de Salvador.

O letreiro gigante escrito “Salvador” é como um “boas-vindas” aos turistas. É possível fazer um passeio sozinho dentro do Palácio Rio Branco, fundado por Tomé de Souza, ou com ajuda de um guia para conhecer melhor a sede do governo de Portugal no Brasil.

Ainda sobre o Elevador Lacerda ele faz a conexão entre a Cidade Baixa a Cidade Alta em Salvador, e também Pelourinho ao Mercado Modelo, para os turistas.

São João no Pelourinho

Quando não tem Carnaval, a maior festa do ano para os baianos, tem o São João no Pelô.

A tradicional festa junina que ocorre no interior da cidade ganhou o Pelourinho, então todo mês de junho o forró ganha as ruas e conquista os turistas.

A região fica cercada de bandeirinhas típicas de arraiá, que conta com bandas, trios de forró, artistas consagrados, e claro, a comida típica das festas juninas do interior.

Se você pensa em viajar para Salvador nessa época do ano, já sabe o que encontrar no Pelourinho, não é? 

Carnaval no Pelourinho

Carnaval no Pelourinho
Crédito: Governo do Estado da Bahia (Flickr)

Ou Carnaval no Pelô, como é chamada a festa no Pelourinho. Ela é diferente das que acontecem no restante de Salvador.

Sem os famosos trios elétricos, Pelourinho apresenta o Circuito Batatinha, que se concentra entre o Largo do Pelourinho, a Praça da Sé e a Praça Castro Alves.  

É um Carnaval à moda antiga, com marchinhas, bandas alternativas e programação infantil. Por isso, é uma boa escolha para famílias e foliões que querem fugir do agito comum de um trio elétrico.

Afoxé Filhos de Gandhy

Outro Carnaval diferente é o bloco Afoxé Filhos de Gandhy, um dos mais famosos de Salvador. Tudo começou em 1949, inspirados no ativismo de paz de Mahatma Gandhi.

Desde então, o grupo de 10 mil homens sai vestido com toalhas e lençóis brancos, misturando tradições e cânticos africanos.

Essa festividade carnavalesca no Largo do Pelourinho costuma ter seus ensaios abertos ao público, e o desfile ocorre aos domingos, segundas e terças-feiras.

Museus em Pelourinho

Museu Pelourinho
Crédito: Daniel Felipe Santos Pixaim (Flickr)

Pelourinho abriga também diversos museus, e um deles conta a história do Carnaval baiano desde seu primeiro trio elétrico, como é o caso da Casa do Carnaval da Bahia.

Há grandes histórias sobre a maior festa popular brasileira nesse museu, o número de carnavais em Salvador e nomes do Axé.

Outro museu que também merece a visita é a Casa de Benin, um museu com acervo de peças africanas e história do país, anteriormente conhecido como Reino de Daomé (1600 a 1904).

A relação entre o antigo Daomé e o Brasil é interessante, porque poucas pessoas sabem que o primeiro Estado a reconhecer a independência do Brasil foi Daomé.

Museu é mais do que arte; é cultura e conhecimento sobre povos. 

Por isso, é legal dedicar parte do seu roteiro de viagem a museus. A propósito, outro que você pode visitar é o Museu Afro em Pelourinho. 

Outros museus que valem a pena conhecer são: Museu da Cidade, que preserva a história de Salvador; e o Museu Tempostal, que resgata a memória da cidade, estado e país em fotos, selos e cartões postais.

O que mais fazer e visitar em Pelourinho?

Mais uma de nossas dicas sobre as principais atrações de Pelourinho é visitar a Casa do Olodum. A banda Olodum é famosa pela música afro, samba e reggae e é a maior manifestação da alma da cultura baiana.

Além dos ensaios do Olodum, o local se tornou uma ONG, que ajuda a promover os direitos humanos e civis, além de atuar no combate às discriminações raciais e sociais.

No bairro, também há escola de percussão para que a comunidade afro-soteropolitana possa se expressar livremente

Gostou de conhecer o Pelourinho, o Patrimônio Histórico da Humanidade?

Centro Histórico Salvador
Crédito: Bruno Silva Cavalcante (Flickr)

Quem visita o Centro Histórico de Salvador, os centros culturais e todos os monumentos presentes no Largo do Pelourinho sai de lá com uma grande bagagem de conhecimento.

A cidade de Salvador tem muita história, arte, cultura e música – não à toa é um destino que não pode ficar de fora de seus planos de viagem.

Para um bom passeio ou para absorver pessoalmente todas as informações sobre o Pelourinho, o bairro é um dos melhores pontos turísticos de Salvador.

Em cores vivas, o Largo do Pelourinho tem seus casarões, restaurantes, ladeiras de paralelepípedo, a Catedral Basílica, igrejas, e séculos de história.

Há bons lugares para se hospedar e comer um prato típico da Bahia também. Só não se esqueça que alguns eventos da cidade lotam, então é bom se preparar, principalmente na alta temporada, como em fevereiro.

E aí, gostou das nossas dicas de viagem à Bahia? Então continue neste site e confira mais posts sobre a capital baiana. 

Até a próxima!

O que era o Pelourinho?

Pelourinho era um instrumento usado para torturar criminosos no período entre os séculos 16 e 18. No entanto, foi bastante usado por escravocratas para açoitar escravos que fugiam ou feriam as regras de conduta.

Em qual cidade fica o Pelourinho?

Pelourinho é um bairro da cidade de Salvador, capital da Bahia.u00a0

Porque o Pelourinho tem esse nome?

Pelourinho era uma coluna de pedra (ou poste) erguido em praça pública como instrumento de punição aos escravos, que eram amarrados em argolas no poste de pedra. Vários desses pelourinhos foram erguidos nas cidades pelos portugueses.